11 de agosto de 2011

Relatório viagem missionária

Segue a impressão de um missionário de BH que passou uma semana com o missionario Reginaldo em uma aldeia Caiuá.
Pedimos orações.

“Graças a Deus que nos dá a vitoria por intermédio de nosso Senhor Jesus Cristo” 1º Co 15: 57

NHANDE JARA PY ´AGUAPY


Belo Horizonte 08 de Agosto de 2011

Amados irmãos em Cristo Jesus, com alegria venho através de este prestar relatório da viajem missionária aos índios Kaiwa no município de Dourados MS no período de 22 Julho a 07 de Agosto do corrente ano.
Queridos, desde o momento da partida de Teófilo Otoni em direção a este povo, eu já esperava que não seria fácil o trabalho, mas na certeza de que o Senhor nos enviou aquele local com um propósito, chegamos na casa base Sexta Feira 22 de Julho às 19h e então oramos agradecendo a Deus pela chegada. No Sábado de manhã, fomos até a casa do cacique acompanhado do missionário Local Pr Reginaldo Martins, a primeira tentativa não conseguimos falar com o mesmo. Neste mesmo dia, visitamos algumas casas próximo da moradia do cacique e ali sentimos que o local é bastante oprimido e que precisaríamos a todo o momento estarmos vigilantes. Ao chegar à casa base, notei uma dor na perna direita e ao verificar, um furúnculo que me deixou dois dias acamado sem puder fazer nada pois o mesmo incomodou vindo a furo.
Terça Feira dia 26 pela manhã buscamos outro contato com o cacique e novamente não o encontramos, mas a sua esposa nos informara que ele não ia se importar com a nossa presença ali, pois ficou sabendo que eu estava com o Pr Reginaldo e não apresentaria nenhum risco ao povo dele. Ficamos alegres, pois mesmo não o encontrando, sentimos mais a vontade para fazer as visitas. Na tarde deste mesmo dia fomos na sede da aldeia onde visitamos alguns deles no campo de futebol e nas casas. Fomos mui bem recebidos em todas as casas onde entramos e todos os que tivemos contato nos deram boas vindas graças a Deus.
O povo Kaiwa da aldeia Panambizinho, é um povo de famílias muito pobres a maioria das casas não tem o alimento suficiente para as refeições naturais (café, almoço e janta). Eles vivem sonhando com melhorias, esperam sem resposta, investimento da FUNAI nas diversas áreas que eles têm necessidade, mas esbarram na falta de vontade desse órgão que nomeado pelo governo são responsáveis pela política indigenista. Observei que a terra é boa para plantio. A prova disto é que em toda região vizinha da aldeia, fazendeiros cultivam milho, soja e outras plantações, chegamos à conclusão que realmente falta investimento da FUNAI em aquele povo sofrido.
Notei também que apesar de ser um povo muito escravizado na feitiçaria e na bebida isso não tem impedido a sede de mudança entre eles, são carentes de Jesus, sedentos da palavra de Deus, observei que em todas as ministrações eles prestavam bastante atenção e depois preocupados buscavam explicações, foram dias de experiências marcantes para mim como missionário em meio ao povo Kaiwa. Na aldeia existe um templo onde os poucos irmãos que existe ali reúnem.
A três anos atrás eles reuniam com freqüência, mas, eles acabaram desistindo por sofrerem muita pressão por parte de feiticeiros e também pelo CIMI (conselho indigenista missionário. Órgão totalmente católico Romano) alguns dos irmãos acabaram desviando e hoje o Pr Reginaldo que também é índio Kaiwa junto com sua esposa, tem o árduo desafio de levantar o trabalho evangelístico na aldeia e voltarem a ser igreja forte em nome de Jesus.
Eu creio que isto é possível se nós somarmos força para ajudar o irmão, orando e contribuindo com o ministério dele. A situação em que o missionário está vivendo lá é assustadora, a missão que o encaminhou para aquele lugar no momento está desestruturada e não tem dado a assistência necessária para suprir todas as necessidades do irmão.
Quero agradecer a todos que participaram desta viajem. Igrejas, empresas, colegas e ainda aos irmãos que vivem orando por nós em todo tempo. Meu muito obrigado e que o senhor Jesus possa abençoar a você e toda a sua casa em nome de Jesus.
Ao Senhor Jesus seja a honra desta viajem, pois ele é digno e sem Ele nada do eu foi feito se faz.
Obs: a saudação em destaque no inicio deste relatório quer dizer a paz do Senhor Jesus no dialeto Guarani Kaiwa, dialeto próprio do da etnia.

Miss: Gilberto Gomes
missionariogilberto@bol.com.br (33) 88102050 – 91003886 - 35225186
Ag: 2427
c/p: 30028-3
op: 013 Caixa Economica Federal

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