21 de agosto de 2013

ALDEIAS QUASE EM FUGA NO INVERNO

"QUE A VOSSA FUGA NÃO ACONTEÇA NO INVERNO". Esta frase Bíblica de Mt. 24:20 traduz melhor as dificuldades enfrentadas pelas aldeias do MS

1) Aldeias da fronteira com o Paraguai, tribos Guarani/Caiuá, parece viver estes dias profetizado pelo Mestre no livro de Mt. A situação de Caos e pobreza extrema já é conhecida pelos nossos e-mails, alias, é uma história que vem se agravando desde o descobrimento desta terra em 1.500. A frente fria que chegou neste ano veio com muitas geadas queimando completamente um inicio de plantação desta comunidade, que com muitas lutas, havia conseguido um acordo para esse plantio, tendo em vista que a mesma não dispõe de terras demarcadas que possa utilizar. Algumas casas foram queimadas durante o frio, quando as famílias tentaram amenizar o mesmo mantendo um pequeno fogo aceso, que faz parte da cultura indígena, mas o desaparecimento da madeira apropriada fez as labaredas se levantarem e o pior aconteceu. Agora não são somente as casas que estão propicias para incêndios, apesar que outras casas já forma queimadas, todas as aldeias, as fazendas vizinhas, tudo que era pasto verde agora é um quadro de tristeza e morte da natureza que outrora fora exuberante nas montanhas da região. A umidade do ar alcança níveis de alarme e muitos focos de incêndio cobre o céu de fumaça e até surge uma pergunta: FUGIR SERIA UMA SAÍDA? MAS FUGIR PARA ONDE? Para aqueles que já tem Jesus a fuga é a mesma do salmista do Sl. 121 e mais ainda, esses mesmos que já sabem onde buscar o socorro, estes são canais de Deus, juntamente com os irmãos missionários, para que este socorro alcance toda a comunidade e entendam que as horas mais escuras de uma noite são as que antecedem o raiar de um novo dia. E assim, com muito frio ainda, barriga vazia, mas cheio de esperança porque este novo dia parece mais perto que nunca, pois apesar da burocracia, a liberação das terras que pertence a esta comunidade fronteiriça acena sinais de que desta vez não será apenas mais um sonho condenado a sepultura, mas você,seu apoio direto ou indireto e suas orações fazem parte deste capitulo difícil, porém que em Cristo somos e seremos sempre mais que vencedores.

2) Aldeia de Maracaju, tribo Guarani/Caiuá.
A situação se repete e não tem grandes diferenças da anterior, apesar de já possuir sua terra demarcada o estrago das geadas foram os mesmos, mas em anos anteriores havíamos providenciado o sistema de sopão para estas épocas de crise e o atual prefeito assumiu esta responsabilidade que muito tem ajudado a esta aldeia. No entanto, a maioria dos homens trabalham nas fazendas vizinhas e isto ajuda muito a subsistência de suas famílias. Estamos correndo atrás de projetos de lavoura que seja compatível com um terreno sem a devida correção do solo, talvez a mandioca, para que em setembro possamos iniciar nosso plantio.Não temos encontrado apoio de técnicos de agricultura para aprimorar nossos projetos e agora nasceu o sonho com a piscicultura que em nossa maneira leiga de ver achamos que temos açudes apropriados. Pedimos suas orações a respeito e aproveitamos para desafiar técnicos nestas áreas mencionadas, que desejarem investir um tempo aqui conosco, serão muito bem vindos.Neste período tivemos a oportunidade de trazer irmãos Caiuwas da fronteira para compartilhar suas experiências de fé em Jesus com os irmãos e todos os demais daqui e percebemos ser uma excelente estratégia. A princípio ficaram apenas dois dias, mas queremos traze-los para um período mais longo, pois a convivência, o dia a dia é a melhor pregação para uma cultura diferente, alias, é o verdadeiro discipulado para todas as culturas, mas no nosso caso já ganhamos tempo porque ainda não aprendemos falar em Guarani e sabemos que isto é imprescindível para o aprendizado verdadeiro. Resumindo é um programa de intercâmbio e contamos com suas orações.

3) Sidrolândia e Dois irmãos do Buriti - MS. Tribo Terena.
O grito engasgado de vitória na luta pela posse de suas terras ainda continua na garganta. Reuniões sucessivas sempre protelam um basta nesta agonia de corpo, alma e espírito deste povo. Verbalmente já existe uma definição, porém com muitas condicionais. Os fazendeiros exigem um preço justo pelas indenizações e moeda corrente, não títulos do governo. O governo do estado precisa indenizar,mas as terras serão de propriedade da União. Na cabeça do indígena é uma selvageria chamada de civilização, enquanto isto o tempo voa, nada pode ser legitimamente usufruído e o peso de manter os acampamentos que garantem a posse das mencionadas áreas esmaga a paciência que é saúde da alma e a saúde física também vai se esgotando, porque não dizer que a saúde espiritual também tem sido duramente provada, não somente pela demora, mas principalmente porque houve derramamento de sangue de entes queridos. As igrejas ficam vazias porque os membros estão acampados. Nos templos estrategicamente construídos tudo era mais fácil, havia vários visitantes e até lutas denominacionais, mas agora, espalhados pelas matas, sem microfones (sem oportunidades), sem caixa de som, sem água potável, luz, etc, o interesse diminui muitíssimo. O que se desenha pela frente é que novamente chegou a vez dos Apóstolos, dos pioneiros, aquele que arrancam os tocos para nascer estradas, até que tenhamos novamente os pastores reverendos que estarão dispostos a trazerem suas novidades da cidade, do sistema grego-romano, como se fosse algo do Reino dos Céus. Mas glórias a Deus que o Reino dos Céus esta chegando antes. As dificuldades, os estreitos de Peniel nos levam ao um encontro com o Todo Poderoso e de alguma maneira já fazemos esta leitura na vida de muitos de nossos irmãos dessa região. As Geadas não pouparam e continua ainda nestes dias, mas Deus faz, sempre fez e sempre fará todas as coisas concorrerem para o bem dos que o amam. Aqui o Sl. 121 também é nossa oração e segurança . Ontem houve uma grande reunião em Campo Grande e tínhamos excelentes expectativas, no entanto, mais uma adiamento, desta vez para o final do mês em Brasília, nós porém, continuaremos orando, cantando e declamando o Sl. 121, mas não esquecemos que você é nosso parceiro nesta luta e canal pelo qual muitas vezes o Senhor Jesus trás a resposta do Sl 121e nossa opção é: BUSCAR AO SENHOR SIM, FUGA NÃO, EM NOME DE JESUS!!!

Em Cristo Jesus, Senhor nosso.

12 de agosto de 2013

TRIBO TERENA TEM A ESPERANÇA AUMENTADA DE REAVER SUAS TERRAS

A data prevista pela justiça foi adiada do dia 05 para dia 08 do corrente mês para que uma definição da questão das terras em Litígio acontecesse na reserva indígena Buriti, Sidrolandia - MS e a situação foi parcialmente resolvida o que já foi motivo de grande esperança para comunidade indígena local, porém, ainda se percebe uma disputa entre o governo estadual e federal para saber quem assumira o compromisso da indenização aos fazendeiros que possuem títulos de propriedades fornecidos pelos órgãos competentes na época em que os mesmos tomaram posse das mencionadas propriedades. Mesmo assim a comunidade indígena já comemora, com cautela, essa vitória parcial conquistada e cultos de gratidão já estão agendados para o próximo final de semana nas aldeias onde já temos igrejas evangélicas e também a comunidade evangélica indígena estende sua gratidão a todos que intercederam junto ao tribunal de graça e misericórdia do Pai Celeste que tem sua mão estendida para abençoar a todos que Nele buscam socorro.

Também foi motivo de alegria diante do Senhor Jesus, o retorno do Joziel que foi ferido, no confronto pelas terras, com uma bala que ficou alojada em sua coluna e a previsão médica era que ele ficaria paraplégico, no entanto, ontem retornou do hospital de Brasília, já apresenta vários movimentos físicos que trazem muitas esperanças de uma recuperação total. O Oziel é primo do Joziel que foi morto durante o mencionado confronto.

Infelizmente alguns dias que as datas são adiadas e o suspense das autoridades para definições desta situação parecem uma eternidade para a comunidade acampada da maneira mais rústica possível, mas cada dose de esperança o ânimo de todos são renovados e um grito de gratidão a Deus, que parecia bloqueado na garganta, mas finalmente vai sendo liberado aos poucos nas palavras e fisionomia dos Terenas.

Os ministros que vieram a Campo Grande - MS para solução desta questão estão agora em Dourados e nossos irmãos Guaranis/Caiuás, do município de Antonio João, que tem suas terras nas mesmas condições dos Terenas e ficam próximos a Dourados, esperam que desta vez a solução alcance suas aldeias também, área que foi homologado pelo então presidente FHC, e que até hoje se arrasta no sistema judiciário nacional.

Essa comunidade que fica na fronteira com o Paraguai tem vivido uma situação caótica, abaixo da linha de pobreza e com um índice altíssimo de suicídio e alcoolismo, onde a maior dificuldade para igreja ajudar de maneira mais eficiente é a falta da demarcação de suas terras para que desenvolvem suas lavouras e outros projetos de auto-sustentação.

Cremos que um novo tempo esta começando para nossa região, sabemos que nossa responsabilidade e privilégio no reino de Deus aumentam, mas nossa gratidão a sua participação conosco e nossa oração é que juntos avancemos para que o Reino de Deus venha em sua plenitude não semente entre os Terenas e Caiuas, mas em todas as tribos indígenas e toda nossa nação brasileira.

Pedimos orações para que as pendências para definição total destas questões sejam abreviadas em nome do Senhor Jesus a quem damos toda honra, louvor e glórias.